terça-feira, 28 de março de 2006

O livro

O livro Falcões: os meninos do tráfico é um pouco cansativo. Especialmente os trechos relatados pelo Celso Athayde são um pouco forçados...dá a impressão que ele adoraria ser bandido mas não consegue, não tem coragem, é de outra praia. Os relatos do MV Bill são mais legais, embora com alguns chavões e lugares comuns.
Porém a preocupação do livro é expor uma ferida através de relatos que podem até não ser muito bons, mas que ficam palpitando. Se os autores queriam o debate, recolocar o assunto em pauta, conseguiram.
O problema é que se vê o gueto somente pela ótica do gueto (nem sempre é a da vitimização no livro..). O culto à identidade e ao relativismo, obra de um determinado tipo de Antropologia e Sociologia dos anos 80-90 chegam à vida real e transformam-se em argumentos a favor de tudo e se banalizam desta forma.
A questão é colocar identidade e relativismo em outro prisma (continua...)

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