quinta-feira, 15 de junho de 2006

Ação política com grupos e ONGs

Retomemos o caso do MLST, agora sob outra ótica. Como indiquei na postagem anterior, a ação de parte da sociedade, imprensa e governo têm sido das mais sectárias e republicanas (no mau sentido).
E quanto aos agentes "simpáticos" aos grupos que represnetam causas sociais ou demais entidades, como ONGs, por exemplo? Como têm agido?
Tenho observado muitas vezes uma atitude de perigosa adoração nada criteriosa. É como se qualquer grupo valesse à pena, qualquer causa de ação social merecesse ser defendida, qualquer ato de grupos sociais merecesse complacência.
Não cabe à priori uma atitude de Estado no sentido de prejulgamento destes grupos, bem como de instituições de maior poder de ação ou articulação. Instituições (o Estado entre elas) com este poder devem perceber-se enquanto públicas, sendo o sentido desta "publicidade" vista como algo abrangente dentro de um contexto social. São as instituições que têm condição de articular macro-políticas, ações de reconhecida amplitude.
A ação destas instituições, portanto, devem ser profundamente éticas. Estimular a diversidade de atores sociais em concomitância com a perspectiva de colocá-los em debate onde o pluralismo e/ou o consenso devem se constituir enquanto estratégias.
Apoior aprioristicamente uma determinada organização social somente pelo fato de ela ser "popular" não faz mais sentido.
Fazia em tempos republicanos, mas hoje, onde fronteiras confundem-se com fluxos não traz ganhos sociais mais.

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